28 março 2010

Ai o caralho. Vamos lá a focar este blog no que realmente importa.





Pessoas que sofrem de dipsomania, indisposição e que ficam atravessadas.

Diógenes, és um menino (ups!) ao pé deste gajo!


O Pontífice, que preside na praça de S. Pedro ao ritual que inicia a Semana Santa, afirmou que o homem pode escolher entre seguir Jesus ou juntar-se ao lamaçal da mentira e da indecência. "Jesus conduz-nos até ao que é grande, puro. Leva-nos até ao ar saudável das alturas, até à valentia que não nos deixa amedrontar pelo murmúrio das opiniões dominantes e até à paciência que suporta e apoia o outro", disse com voz forte o Papa, perante dezenas de milhar de fiéis que assistem ao acto. Bento XVI pediu paz para a Terra Santa, tendo apelado para que o lugar onde nasceu, viveu, morreu e ressuscitou Cristo seja "verdadeiramente um lugar de paz", e exortou os cristãos a permanecer na região. Papa Bento XVI preside à procissão de Ramos de papa-móvel . Bento XVI, que completará 83 anos a 16 de Abril, pela primeira vez em cinco anos de Pontificado, presidiu hoje à procissão de Ramos na praça de S. Pedro, no papa-móvel. O porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, explicou que foi usado o papa-móvel para que todos os fiéis pudessem ver o Pontífice. Se fosse a pé - precisou Lombardi - apenas o viam os que estavam nas primeiras filas. Lombarda adiantou que Bento XVI nesta Semana Santa presidirá a todas as cerimónias da Páscoa, além da tradicional audiência das quartas-feiras, noticia a Efe.

Vaticano defende decisão de não sancionar padre que abusou de 200 crianças

O Vaticano não castigou um padre católico norte-americano acusado de abusar sexualmente de 200 rapazes porque as leis da Igreja não exigem uma punição automática, justificou ontem o porta-voz da Santa Sé.

Abrindo um novo capítulo no rosário de queixas de pedofilia por membros da Igreja e de ocultação destes crimes, o
The New York Times (NYT) noticiou ontem que altos responsáveis do Vaticano - incluindo o actual Papa Bento XVI - não tomaram medidas contra o padre americano Lawrence C. Murphy, que terá abusado de 200 crianças surdas enquanto trabalhou numa escola do Wisconsin para deficientes auditivos, entre 1950 e 1974.

Vítimas ouvidas pelo NYT relatam como eram cometidos os abusos e onde: no escritório do padre, no seu carro, na casa de campo da mãe, em excursões e nos dormitórios. "Se ele fosse mesmo um mau tipo, eu tinha-me afastado", conta Arthur Budzinski, ex-aluno da St. John"s School for the Deaf, na diocese de Milwaukee, agora com 61 anos. "Mas ele era tão amigável e tão simpático e compreensivo. Eu sabia que ele estava errado, mas não conseguia acreditar."

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, explicou que Murphy violou a lei. Mas as autoridades americanas que investigaram as queixas desistiram do caso, em meados da década de 1970 e o Vaticano só soube das alegações 20 anos mais tarde, disse. "Em casos destes, o Código de Direito Canónico não contempla penalidades automáticas", cita a Reuters.

O diário nova-iorquino refere a existência de correspondência directa sobre este caso trocada entre bispos de Wisconsin e o cardeal Joseph Ratzinger (agora Papa Bento XVI e na altura responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé, CDF), que prova que a preocupação central não foi pensar na demissão do padre, mas na forma de proteger a Igreja do escândalo.

Em 1996, o arcebispo de Milwaukee, Rembert G. Weakland, enviou duas cartas a Ratzinger, sem obter resposta. Ao fim de oito meses, o "número dois" da CDF, cardeal Tarcisio Bertone (actual secretário de Estado do Vaticano), deu instruções aos bispos americanos para darem início a um processo canónico que poderia levar à demissão do padre Murphy.

Mas Bertone acabou por pôr um travão no caso, depois de o padre ter enviado uma carta de protesto a Ratzinger, afirmando estar arrependido e ter uma saúde frágil, e defendendo que o caso ultrapassava o pelouro da Igreja. "Simplesmente, pretendo viver o tempo que me resta na dignidade do meu ofício", escreveu, pouco antes de morrer.

O padre morreu em 1998, sem mácula no seu registo sacerdotal, escreve a BBC
on-line. Mas a decisão do Vaticano de não fazer uma investigação própria acabou por arrastar agora o Papa para o caso, realça um analista da estação britânica.

O cardeal português José Saraiva Martins, ex-presidente da Congregação para a Causa dos Santos, denunciou o que considera ser "uma conspiração" contra a Igreja Católica. "É um pretexto para atacar a Igreja", disse aos jornalistas. "Não devemos ficar demasiado escandalizados se alguns bispos sabiam e mantiveram o segredo. É isso que acontece em todas as famílias. Não se lava a roupa suja em público."

A multiplicação de escândalos levou um grupo de vítimas a manifestarem-se no Vaticano para exigir ao Papa a abertura de arquivos. "Fim ao secretismo, agora", gritavam.

24 março 2010

Pirómano?

Vejam bem a parte que vai do minuto 1:11 ao minuto 1:28. É LINDO CARALHO!!!

20 março 2010

18 março 2010

A isto chamo uma bela claque!!!

VIVA ESPANHA!!!VIVA O ATLETICO!!!!
E depois são os meninos das claques do GLORIOSO é que arranjam MERDA!!
TADINHOS DA JUVE LEO!!!



16 março 2010

José Trocas-te

Até o meu caralho é maior que ele!


Tinha 21 anos e 74 centímetros.
O homem mais pequeno do mundo, He Pingping, morreu aos 21 anos de idade no passado sábado em Roma, Itália, devido aos problemas cardíacos que advinham do seu caso raro de nanismo.O director do Guinness World Records, Craig Glenday, anunciou na passada segunda-feira a morte do homem de nacionalidade chinesa que media pouco mais de 74 centímetros. Nas suas declarações, Craig Glendey não quis deixar de frisar que He era “uma fonte de inspiração para todas as pessoas consideradas diferentes ou raras”.He encontrava-se em Roma para gravar um anúncio publicitário com outras caras conhecidas pertencentes à organização quando as dores fortes no peito o levaram ao hospital, tendo acabado por falecer devido a complicações cardíacas.

A PRIMEIRA BANDA DE ROCK AGRÍCOLA

Gabam-se de ser a primeira banda rock agrícola e são caso único a cantar em mirandês subsídios agrícolas e tractores com acordes do mais puro rock da pesada.

"Surrealistas" é dos epítetos com que já foram brindados o que mais agrada aos Pica Tumilho, cinco jovens mirandeses que há doze anos criaram uma banda em homenagem à agricultura.

Numa altura em que "a lavoura estás de rastos" e "os fundos da CEE foram bem (mal) gastos", dois engenheiros, um enfermeiro, um estudante e um professor querem mostrar que os rurais têm futuro e dar uma "alma nova à abandonada agricultura".

Dos cinco, apenas um permanece na terra, Sendim, no concelho de Miranda do Douro, mas garantem que, ao contrário de outros que saíram da região para trabalhar e estudar, "não somos daqueles que abandonam a agricultura".

Em pouco mais de um década já granjearam um clube de fãs- "Os Picanços"- embora ainda algo reduzido ao Nordeste Rural, e conseguiram transpor as fronteiras da região com concertos na Mealhada , Viseu, Leiria, Braga, Lamego e por aí fora.

Têm em bandas como os AC/DC as referências sonoras e nas samarras, bonés, jaquetas espalhadouras, motores de rega e outros instrumentos agrícolas a indumentária, uma mistura exótica que é imagem de marca do Pica Tumilho

Emílio é o criativo da banda que traduz em cómicas letras "o quotidiano e a essência do povo" exaltados na guitarra de Pedro, nas teclas de Bruno, na bateria de César e no baixo de Nicolau, com ainda a melodia da tradicional gaita de foles.

A mistura resulta num "hard rock etnográfico" registado já em dois CD com temas de crítica social aos projectos agrícolas e peripécias da lavoura.

As históricas que cantam têm como figura central um casal apaixonado, Florinda e Alfredo, símbolos do "amor agrícola à luz da candeia".

A história dos Pica Tumilho começou com um desafio lançado pela tia de um dos elementos para escreverem uma letra em mirandês para um festival regional, em que "arrecadaram todos os prémios".

Já cantavam a língua mirandesa antes mesmo de ser elevada à categoria de segunda oficial de Portugal e foram buscar o nome às raízes de uma prática ancestral agrícola de aproveitar plantas para fazer fertilizante.

"Não queremos ser só cómicos" garantem, assumindo-se como "músicos de intervenção" que encontraram numa fórmula antiga a melhor maneira de abordar coisas sérias: "à gargalhada".

Independentemente do repertório, a atenção do pública está garantida, seja pela surpresa de ver irromper entre a plateia um tractor, gigantes cabeças de burro insufláveis a erguerem-se no palco ou motores de rega a dispararem fogo de artificio.

"Ás vezes, podemos parar de cantar que nem notam", dizem eles, que ao contrário dos caprichos dos artistas famosos, pedem apenas para cada espectáculo o respectivo tractor e fardos de palha.

"Respiramos agricultura", insistem e é por isso que fazem do palco um quintal para interpretarem e representarem letras como "A Agricultura é a Minha Loucura" convictos de que "A Lavoura é Futuro".

Depois de uma sachola autografada, querem agora passar a brindar o público com uma generosa pipa de vinho, para a qual procuram ainda um patrocínio de uma cooperativa qualquer.

in Diário de Notícias | 15 de Março de 2010

14 março 2010

É hoje, é hoje. É às 13:00,

Cum catano.
Alguém acredita que se vai combinar algo?
A sete meses de distância!!!!
Ò santa ingenuidade.
Com programa e tudo. Só falta mesmo o bife enlatado e a colchonete.
Isto vai dar merda, tá-se mesmo a ver.

08 março 2010

Fantas: por dentro e por fora


Mesmo fora do Rivoli, o "cartaz" estava à altura da procura...


Maçãs reinetas e laranjas podres

Será a puta da borboleta que bate asas na china ?
Será o calendário Maia?
Será o professor Bambo?
A ilha da madeira governada pelo partido laranja à anos e anos, a 2ª região mais rica do país foi assolada pela ira dos deuses e toca a pedir ajuda financeira (claro) ao continente, como gostam de dizer. É óbvio que devem ser ajudados. Apesar do dinheiro que esbanjam em patos bravos e a encanar ribeiras, esta parcela do território português merece a ajuda da república presidida pelo senhor Silva.
A solidariadade é para ser efectiva nas horas difíceis.

07 março 2010

06 março 2010

É a esquerda que temos...

A proposta do CDS/PP para cortar o 13º mês nos salários dos políticos foi hoje chumbada no Parlamento, com os votos contra do Bloco de Esquerda, PCP, PS e a abstenção do PSD.

O CDS-PP apresentou formalmente na semana passada as suas propostas para o Orçamento do Estado para 2010 e entre elas constava um corte de um mês de salário dos responsáveis políticos e de empresas do Estado.

Na votação que ocorreu esta tarde, no terceiro dia de debate na especialidade que durou três dias no Parlamento, os três partidos da esquerda criticaram a proposta dos populares.

Afonso Candal, do PS, acusou o CDS de populismo nesta proposta, dizendo que os dirigentes políticos “não saem caros ao país pelo que ganham”, mas antes “quando adoptam políticas erradas”.

O socialista lembrou que os deputados não ganham sequer 2.500 euros líquidos por mês e que há na administração pública quem “ganhe muito mais”. Candal acrescentou que “se se entra numa onda sucessiva de retirar privilégios, só exerce lugares políticos quem usa porventura essa posição para retirar outros benefícios, ou tem um património elevado para poder vir para a política”.

Esta proposta de reduzir os salários dos políticos tem vindo a ser defendida por Paulo Portas. Num debate quinzenal na AR o líder do CDS/PP questionou o primeiro-ministro sobre a disponibilidade de haver cortes nos salários dos políticos. José Sócrates respondeu considerando a proposta de “populista” e que “não resolve o problema” do défice.

“Está disposto a tocar no seu próprio salário, dos ministros, do Presidente da República, dos deputados?”, questionou Paulo Portas “Não estou de acordo com medidas que apenas tenham efeitos morais, restringir os ordenados os políticos ou acabar com o décimo terceiro mês não resolve o problema”, respondeu Sócrates.

Ó pá, o Sócrates tem de dar uma ‘sticada’ na gaja.

Ex-dirigente do PS, amigo de longa data de José Sócrates e banqueiro, por Armando Vara passam os negócios PT/TVI, PT/Taguspark e Associação Nacional de Farmácias, entre outros. E ainda as pressões para demitir a secretária de Estado dos Transportes e o presidente da Refer (Rede Ferroviária Nacional) e evitar a demissão do presidente da CP, Cardoso dos Reis.

Em cada um destes casos, que se desenrolam ao longo de 2009, moveram-se todas as influências possíveis para ter as pessoas ‘certas’ nos lugares certos.

Ou para fazer rolar a cabeça de outras, como aconteceu com Ana Paula Vitorino: aquela que era vista até aí como sucessora de Mário Lino, atravessou-se no caminho, ao proteger o presidente da Refer (Rede Ferroviária Nacional) que tinha um contencioso com Manuel Godinho.

Este empresário, que acumula um historial de fuga ao Fisco e casos duvidosos no âmbito de concursos para a recolha e tratamento de resíduos industriais, movia-se bem ao nível dos quadros médios de empresas públicas (como a REN, a EDP e a Refer). Estes informavam-no antecipadamente dos concursos e negociavam directamente com ele a contratação de serviços e a forma de ludibriar as autoridades.

Terá sido através de um deles (Carlos Vasconcelos, da Refer) que Godinho conseguiu aceder a Fernando Lopes Barreira (empresário da área do PS, também arguido no caso) e aos amigos deste: Armando Vara e Mário Lino.

Acusado de ter roubado carris na linha do Tua e de sobre-facturar serviços, Godinho tem um longo contencioso com a Refer (empresa pública da rede ferroviária nacional). O conselho de administração desta – presidido por Luís Pardal – deu ordens, informalmente, para que às empresas de Godinho (grupo O2) não fossem adjudicados mais concursos.

Mas, para Godinho, Pardal só fazia isto porque tinha o apoio da tutela, a secretária de Estado Ana Paula Vitorino. O objectivo que passa então a mover Manuel Godinho e os seus colaboradores fica bem ilustrado no desabafo que tem, numa conversa telefónica com um dos outros arguidos no ‘Face Oculta’: «Enquanto a gaja lá estiver, é uma chatice!».

As diligências para afastar Vitorino começaram em Janeiro de 2009 e durariam até ao Verão (quando o empresário percebeu que o seu objectivo era já impossível de concretizar, dada a iminência das eleições legislativas).

Segundo o MP, Lopes Barreira e Armando Vara aceitaram ser os pontas-de-lança junto do Governo: enquanto Barreira telefonava a Mário Lino, ministro das Obras Públicas (tutela de Vitorino), Vara ligava a José Sócrates.

E por isso estão ambos indiciados neste processo por crimes de tráfico de influências – estando o MP convicto de que Godinho pagou a Vara e Barreira, a cada um, 25 mil euros.

No dia 10 de Fevereiro de 2009, Carlos Vasconcelos, quadro da Refer (e arguido) definia bem a situação: «A gaja agora atirou-se ao Sócrates na história do Tua [polémica sobre a recuperação desta linha de comboio, em Trás-os-Montes]. Ó pá, o Sócrates tem de dar uma ‘sticada’ na gaja. É que isto está de facto a entrar por um caminho preocupante».

Pardal tem os dias contados’

Três dias antes, porém, Manuel Godinho tinha almoçado com Vara, na casa deste em Vinhais. Por isso, estava convencido de que «as coisas estão a ficar melhores», como diz para Manuel Guiomar (funcionário da Refer, também arguido), no dia 5 de Março. José Valentim, outro quadro da Refer, sintetizava a situação: «Os gajos não têm mão no Pardal», mas este «tem os dias contados, isto é uma questão de dias, de certeza».

A juntar à crise, o empresário via diminuir as os concursos adjudicados às suas empresas. «Estou aflitíssimo» – confessa a Paulo Penedos (advogado e também arguido no Face Oculta), referindo-se à «falta de trabalho». Para resolver a situação, diz que vai telefonar a Vara, «a ver se ele dá um empurrão aqui, um empurrão acolá».

Quem também desenvolve contactos é Lopes Barreira, que alardeia a sua facilidade em falar com o ministro Mário Lino (Obras Públicas) e com Jorge Coelho (outra figura socialista), e de chegar a José Sócrates.

A 11 de Março, Barreira promete a Godinho que vai falar ao vice-presidente do BCP: «O Armando agora, com as relações com Angola [Vara era presidente do BCP Angola], o gajo pode arranjar umas coisas bestiais para si. Presidente de um banco, tão importante como aquele, que está metido nos mais variados negócios, pá, e o senhor é um homem de negócios... Eu, no fim-de-semana, vou-lhe telefonar e dizer ao gajo ‘oh pá, o sr. Godinho tem de ser priorizado, não pode andar a sofrer aqui eternamente’. Tanto o Jorge como ele: eu vou falar com os dois».

Até Ana Paula Vitorino foi visitá-lo ao hospital – salienta Barreira que esteve doente nesta época:«Foi anteontem. Disse-me ‘andamos um bocado de candeias às avessas, mas temos que falar disso’».

Lopes Barreira toma as dores de Godinho, diz que percebe bem a situação do empresário de Ovar, pois ele próprio ainda não conseguiu receber «dois milhões e meio da RAVE» (empresa pública da Rede de Alta Velocidade, também sob a tutela de Vitorino).

A 10 Abril, Lopes Barreira informa Godinho de que «a Ana Paula Vitorino vem cá almoçar comigo, a minha casa, segunda-feira» e que também tinha falado«com o Lino». «Mas o gajo [Luís Pardal] não faz cedências, continua a lixar-nos. Ele tem indicações de alguém, de certeza» – queixa-se Godinho. «Eu não faço ideia. O Sócrates sabe perfeitamente o que se passa», responde Lopes Barreira.

Pelo meio, Vara vai falando também com Godinho. A 28 de Maio, ocorre o telefonema que o Ministério Público (MP) considera ser a prova de um pagamento. Numa conversa cifrada, Godinho pergunta a Vara se «aquilo dos 25 quilómetros» era «para agora» – e o MP considera não haver dúvidas de que estavam a referir-se a 25 mil euros em ‘luvas’.

Em 5 de Junho, Vara telefona a Manuel Godinho, para saber se já tinha falado «lá com o homem da Refer».

O empresário de Ovar responde que não e anuncia-lhe que sabe que o Tribunal da Relação do Porto lhe vai dar razão no processo da Refer.

‘Vou pôr a questão ao Lino’.

No dia 15 de Junho, Godinho comunica também a Lopes Barreira que ganhou este processo judicial. Acha que agora «é possível uma reconciliação»: «Se eles me derem os trabalhos que me tiraram, calo-me bem calado». «Então vou dizer ao Lino, logo já lhe telefono», garante Lopes Barreira. Godinho pede-lhe também que «telefone ao nosso amigo» (Vara).

Com a decisão da Relação, que o MP de Aveiro suspeita ter sido um favor, o grupo pensa convencer Mário Lino da inocência de Godinho e assim afastar Pardal e a secretária de Estado.

Godinho, Lopes Barreira e Vara combinam então um almoço – que se realizou a 20 de Março, na casa do primeiro, em Ovar. O MP defende que foi nesta ocasião que Manuel Godinho pagou 25 mil euros a cada um.

No regresso a Lisboa, Lopes Barreira telefona a Godinho para lhe agradecer o almoço. E renova a promessa de falar a Mário Lino: «Aquilo que o Armando lhe disse, eu concordo, pá, que isto não pode ficar assim, tem que se ver aí… Eu até ia fazer uma coisa que fica aqui entre nós, nem diga nada ao Armando: ia pôr a questão ao Lino, hum?». «Sim, é isso que eu pretendo, tá a ver» – concorda Godinho. O ministro «é bom rapaz», explica Barreira, «mas quem manda é ela» (Ana Paula Vitorino). «Ela está completamente queimada, mas não fazem nada. O Sócrates é contra ela, ele diz mal dela…». «Mas compreende-se a posição do chefe neste momento», responde Godinho, referindo-se à proximidade das eleições legislativas.

No processo judicial, a Refer tinha entretanto recorrido para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Godinho fala então com o seu advogado, Melchior Gomes (também arguido no Face Oculta) e pergunta-lhe se o processo no STJ ainda pode ter um desfecho que lhe seja desfavorável.

O advogado responde que não – mas «vamos estar atentos: a gente conhece lá muita gente e boa».«Pronto, é isso que temos que ver. Ou é necessário falar?» – questiona Godinho, explicando que o «outro senhor… ahm, que eu mandei o processo para analisar, diz que não há hipótese nenhuma de recurso».

Percebe-se que se refere a Armando Vara: «Eu, no sábado, estive com algumas pessoas [Vara e Lopes Barreira] e o que me disseram é que nós deveríamos reagir, ir para a comunicação social», explica Godinho.

Decide então com o advogado que iriam fazer «uma carta» para enviar a alguns jornais e à RTP. Isso funcionaria como forma de pressão: diriam que «a intenção da O2 é mover um processo-crime contra o senhor presidente e vice-presidente [da Refer], com pedido de indemnização de cinco milhões de euros».

‘Isto não vai acabar bem’

Manuel Godinho tinha entretanto conhecido Manuel Rodrigues, um empresário com ligações aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Lopes Barreira sabe e comenta com Godinho as perspectivas: «O Manel é muito boa pessoa e é muito meu amigo. Agora é um dos braços direitos do Amorim. O senhor tem algum dificuldade em Viana do Castelo? O Manel mexe-se totalmente bem aí». «Mas aquilo está parado», admira-se Godinho. «Eu sei, eu sei» – diz Barreira –«mas se tiverem alguma sugestão para porem aquilo a funcionar outra vez, diga-me que eu falo com o secretário de Estado, pois eu dou-me bem com o gajo, pá. Se o sr. tiver alguma ideia para aquilo, a gente vai tentar falar com ele».

Por esta altura, Godinho e os seus homens já andam desiludidos com o dossiê Refer/Vitorino. Sabem que a proximidade das eleições legislativas lhes é adversa e, além disso, o PS tinha sofrido uma pesada derrota nas europeias. «Sócrates está quietinho, nem se quer mexer» , diz Carlos Vasconcelos.

E «Mário Lino, das reformas que queria (o aeroporto, o TGV), meteu a viola no saco em tudo»,«não avançou com nada», responde Godinho. «Eu não me acredito que haja mudanças agora, antes das eleições. Ele foi burro. Ele devia ter feito as eleições antes. Agora, olha, temos que esperar», remata Godinho.

Pelo meio, Vitorino é referida em termos insultosos, fazem-se insinuações à sua vida particular e até que o seu percurso pelo Governo tinha sido «altamente produtivo».

Em finais de Julho, Lopes Barreira telefona a Godinho, dizendo que vai chatear Mário Lino: «A gaja anda-nos a perseguir a ti e a mim, a nós, e perseguições destas não as admito seja a quem for. Somos pessoas de bem e queremos trabalho, pá…».«Exactamente», conclui Godinho. «O Lino ligou-me ontem e eu disse-lhe: a culpa é tua porque tu és o chefe e não tens coragem para a pôr na ordem».«Mas também agora isto tá a acabar ó senhor doutor. Até aí para os nossos amigos não vai acabar bem. Eles estão convencidos de que vão ganhar as eleições e isto há um descontentamento muito grande», conclui Godinho.A 29 de Julho, Godinho confidencia a Carlos Vasconcelos: «Eu estou lixado com isto, sinceramente, estou mesmo desiludido com muita gente».

In Sol 05 de Março 2010

Com ovo mexido é um espectáculo!!!

05 março 2010

Fantas 2010 - A festa continua!!!




Como se pode ver havia filmes para todos os gostos... e feitios!

Cartaz do Fantas 2010


O cartaz deste ano tinha uma qualidade acima da média como se pode, aliás, verificar neste apelativo cartaz...