30 outubro 2011

The times they are changing

Essa é que é essa.
Bem podem invocar a crise do subprime, a austeridade financeira, os bois das jotas que incham como perús
MAS
a realidade atinge-nos bem do meio da testa.
A crise é de VALORES.
E esses estão-se a perder.
As tradições fazem parte dos álbuns de recordações.
Os relógios agora já não são acertados por aqueles métodos infalíveis do antigamente.
Sim.
Os tempos estão a mudar, caros compinskas.
Aproveito, enquanto posso, para invocar um costume que quiçá, também já estará condenado à ostracização do tempo:
ide mamar na quinta pata!

Teste

som
um
dois
...
soom
...
experiência
som.

28 outubro 2011

Quatro Setenta

A minha filha Rita vai ser prostituta. Apesar de não ter nenhuma filha, esta ideia não me sai da cabeça. Rita era obcecada com o seu peso. Uma vez, para ficar mais leve, cortou uma perna. Mas chega de falar da Rita. Falemos agora da Rita. A Rita só ia à igreja para abandonar os seus recém-nascidos nas escadas. Também gostava de viajar em submarinos que metessem água e gostava de usar calças rotas nos cotovelos. No entanto, não há nada como acordar de manhã e levar trinta vergastadas no lombo.

E o Pedro? O Pedro teve a sorte de nascer com uma colher de chá colada na ponta do nariz e um sapato colado à testa. Por vezes, Pedro dizia-me: faz-me um favor, vai à janela da cozinha, espreita e vê se estou lá fora.

Então e eu? Bem, posso dizer que morro de saudades dos tempos em que assaltava supermercados com a minha mãe, principalmente nos meses em que era órfão. Além disso, descobri recentemente que não pestanejo enquanto durmo e ainda bem, pois, não seria capaz de dormir com o barulho.

Existem perguntas para as quais não tenho respostas. Nem perguntas. Por exemplo: O que é um artista plástico? É um tipo que fabrica plástico? Ou ainda porque é que os homossexuais causam tremores de terra?

Atenção: existem bandas que são como música para os meus ouvidos, principalmente quando me ponho a pensar como seria se os Pandas nos metessem numa jaula e nos obrigassem a acasalar. Será que nesse caso os deuses protegeriam o nosso modo de vida? Bem, se existirem deuses a resposta é sim, se não existirem a resposta poderá ser sim.

Preciso de uma caneta para escrever o meu testamento.

19 outubro 2011

O Javardolas

Javardolas (nome fictício) já não sabia o que fazer. Desde 1418 que, na sua ânsia de manter o poder, Javardolas passava por cima de tudo e de todos. Até da D.ª Garça e da D.ª Puquéria. Longe vão os tempos em que Javardolas comia 28 costeletas de novilho acompanhadas por 450 copos de cidra sem que os fornecedores se chateassem com ele. Javardolas é repelentemente gordo. No entanto, ele tem que acabar o trabalho antes de Outubro. Não se lembra de nada do que aconteceu para estar ali. Foi algo assombroso, algo de terrível! Seria sua, a culpa? Graças a Deus que não.

- É isso mesmo o que eu vou fazer. Vou tomar uma atitude! Vou mostrar ao mundo que não sou nenhum covarde. Quero a minha independência.

Assim, Javardolas começou a brincar com as banhas ondulantes abundantemente espalhadas por todo o corpo enquanto contava quantos azulejos cor-de-rosa com colibris a debicar de uma flor compõem a sua casa de banho. Já ninguém sabe ao certo o que realmente fazer. Eu, por mim, gosto de Nestum com Mel. Sempre foi, e há-de ser, o melhor.

Entretanto, Javardolas fazia a lista da roupa suja que escondera durante séculos. Tenho pena da D.ª Carla e de todos os seus filhotes que a costumam ajudar a lavar e passar a ferro a roupa do Sr. Javardolas. As cuecas são o pior. Vêm quase sempre rijas na parte dianteira. Porque será? Serão restos de muco que, em êxtase por conseguir comer sem pagar, foram projectados para a referida superfície e se foram acumulando? Talvez.

Após a invasão dos Aliados, Javardolas começou a ficar com o cabelo seco e eriçado. Mas quase ninguém aproveitou este ponto fraco de Javardolas porque toda gente quis ir de férias. E, desta forma, chegou ao fim o Natal. Foi comer até não poder mais. Mas, se o Sr. Javardolas comeu muito, também há-de cagar muito. Uma vida inteira a comer, uma vida inteira a cagar. E quem vai limpar a merda toda? Adivinharam. A D.ª Carla e os seus pequenos filhotes.

18 outubro 2011

A D.ª Adelaide

A Mamã do Primeiro-Ministro.

A mamã Adelaide e a misteriosa pensão superior a 3000 euros

Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, "viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis...".(24 H)

Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) .

Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano.

Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 €.(CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social nem da CGA.

Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa "uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje" (24H).

Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000 € (CM), seria lícito deduzir - caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos - que , considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65). Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano, 1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de (vamos por baixo): 3.000 €.

Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%.

Por que a "pequena fortuna " não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000 €, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal, que deu uma média de 3.750 €/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).

Ora, como uma pensão de 3.000 €, não se identifica com os "rendimentos " provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.

Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750 €/mês.

Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?

E há mais...

A Dona Adelaide comprou um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos - cerca de 224 mil euros -, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).
Ora vejam lá como a senhora deve ter sido poupadinha durante toda a vida.
Com um rendimento anual de 50 contos, que nem dá para comprar um mínimo de alimentação mensal, ainda conseguiu juntar 224.000 euros para comprar um apartamento de luxo, não em Oeiras ou Almada, na Picheleira ou no Bairro Santos, mas no fabuloso edifício Heron, no nº40, da rua Braamcamp, a escassos metros do Marquês de Pombal e numa das mais nobres e caras zonas de Lisboa.
Notável exemplo de vida espartana que permitiu juntar uns dinheiritos largos para comprar casa no inverno da velhice.
Vocês lembram-se daquela ideia genial do Teixeira dos Santos, que queria que pagássemos imposto se déssemos 500 euros aos filhos ?
Quem terá ajudado, com algum cacau, para que uma cidadã, que declarou às Finanças um RENDIMENTO ANUAL de 50 contos, pudesse pagar A PRONTO, a uma sociedade OFF-SHORE, os tais 224.000 euros ?


13 outubro 2011

Diz não às drogas

No dia 13 de Maio de 1917, três crianças: Lúcia de Jesus dos Santos (com este nome…) com 10 anos, Francisco Marto, com 9 e Jacinta Marto, com 7 anos, afirmaram ter visto "...uma senhora mais branca que o Sol…" sobre uma azinheira de um metro ou pouco mais de altura, aliás, consta que foi à sombra dessa mesma azinheira que Zeca escreveu a Grândola.

Lúcia via, ouvia e falava com a aparição (o que as drogas fazem), Jacinta via e ouvia (era muda) e Francisco apenas via (era surdo-mudo). As aparições repetiram-se nos cinco meses seguintes (eram chatas como caralho) e seriam portadoras de uma mensagem ao mundo. A 13 de Outubro de 1917 a aparição disse-lhes ser a Nossa Senhora do Rosário. Sim; disse-lhes, pois, ela não era surda-muda como o outro défice que só a via. Esses relatos, e não os de futebol, pois, nessa altura o Salazar deixava o Benfas ganhar tudo, foram redigidos pela Irmã Lúcia a partir de 1935, em quatro manuscritos, habitualmente designados por Memórias I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, XXIII, MCXV e Como fazer ameijoas à bulhão pato.

Irina

Mas afinal quantas Irinas existem no Mundo?

09 outubro 2011

Viva o Bloco de Esquerda

Dos 9 partidos que concorreram às eleições na Madeira, apenas o Bloco de Esquerda não elegeu qualquer deputado. Mais uma derrota para o burguês Louçã.

04 outubro 2011

O Sr. Luis

Vou fazer a transferência bancária hoje para a conta do Sr. Luis que é o dono da casa. O Sr. Luis parece-me ser uma pessoa afável, simpática, que se preocupa com a vida em geral e com o seu país em particular. Pessoa simples, de origens raianas, o Sr. Luis coloca em causa o primórdio da espécie Humana.