12 fevereiro 2008

Chamar os Bois pelos Nomes (II)

Continuava a chover canivetes.
É melhor tirar o cavalinho da chuva, disse o Gregório.
Zé Bastos anuiu, mas deu um pontapé na gramática. Sabia que estava metido num trinta e um mas ia deixar tudo em pratos limpos.
Com a barriga a dar horas e farto de arrotar postas de pescada teria que puxar a brasa à sua sardinha.
Dirigiu-se a cona da mãe street. Parou à porta, estava com pele de galinha. A mostarda subia-lhe ao nariz. Tinha as suas calças à boca-de-sino mas não era nenhum borra-botas.
Para Maria Cachucha aquela história já tinha barbas. Ela tinha telhados de vidro e com ela ninguém fazia farinha; faziam bolas pois é uma cona de sabão. Se Zé Bastos queria encher a mula tinha que perceber que não há almoços grátis e a roupa suja lava-se em casa!
Hum … um homem não é de ferro, muito menos um pau-de-cabeleira – disse Bastos.
Alguém ia ficar com um olho à belenenses.
Mas isso são outros quinhentos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Sim senhor, Castro Malin. Estou a gostar da novela. Os mexicanos não te chegam aos calcanhares! E o mais fantástico, é que escreves isto estando sóbrio. Parabéns.

Anónimo disse...

Disseste muito bem.
É que também sou conhecido por Castro Sóbrio Malin.

Anónimo disse...

Mas conhecido assim por quem???, só por quem não te conhece!!, lol:)

Anónimo disse...

Já agora, também tenho gostado desta novela, com ressalva para, passo a citar: (...)faziam bolas, pois é uma cona de sabão(...) e logo e seguida também gostei muito da do pau de cabeleira, sim senhor...