20 anos sobre "A queda do muro de Berlim"

Comemoram-se amanhã os 20 anos sobre a queda do muro de Berlim. Parabéns aqueles que, desde então, passaram a ser novamente livres.

“As ameaças espreitam aqueles que não se adaptam às exigências da vida, enquanto aqueles que sentem os impulsos da sociedade conseguem enfrentar, sem temor, as dificuldades". Esta frase foi proferida por Gorbachev a 7 de Outubro de 1989, nos 40 anos da RDA.
Quase todos, ou pelo menos muitos, anti-democráticos não conseguem perdoar Gorbachev. A retirada das tropas da URSS da Alemanha foi um acto fundamental para a desintegração do Comunismo. A queda do muro de Berlim, há 20 anos, marcou o fim do chamado Socialismo real.
Em 1917 os Bolcheviques, liderados por Lenine, chegam ao poder na Rússia defendendo uma revolução socialista armada, ao contrário dos Mencheviques, liderados por Martov.
O Bloco de Leste iniciou-se no fim da Segunda Guerra Mundial, quando a União Soviética criou um conjunto de países satélites, cujos regimes políticos, as chamadas Democracias Populares, eram controlados pelo Kremlin, através dos Partidos Comunistas Nacionais. A URSS, a Jugoslávia, a Polónia, a Roménia, a Bulgária, a Hungria e a República Democrática da Alemanha encontravam-se, assim, separadas do resto da Europa pela "Cortina de Ferro" unidas, entre si, numa só grande família Comunista.
Tomada idêntica de poder houve noutros países pobres como a China, Cuba, Vietname, Camboja, Coreia do Norte, etc. E todos repetiram a trajectória para o modelo autoritário do Comunismo.
Porém, nenhum ardor revolucionário seria capaz de levar o povo a empreender esforços titânicos e a suportar privações dia após dia, indefinidamente. Só mesmo a força bruta garantiria essa mobilização permanente, sobre-humana, de energias para o desenvolvimento económico. A tirania Estalinista cumpriu esse papel.
O Muro foi erguido para impedir a migração em massa e crescente de Alemães que se sentiam explorados pelos comissários e membros do Partido Comunista, cansados da exploração, da falta de liberdade de expressão, da vigilância doentia e da repressão a quem não obedecesse bovinamente à ideia de que o Partido Comunista era capaz de prover tudo, através do modelo Socialista, em troca da castração total da liberdade das pessoas.
Finalmente o Muro de Berlim caiu! Há 20 anos, o Socialismo já não tinha qualquer apelo entre os jovens dos países da “Cortina de Ferro”. O desenvolvimento económico, social, intelectual e tecnológico que existiam no Ocidente, exerciam forte influência sobre os “Filhos do Muro”, uma geração de jovens nascidos depois de 1961.
O bloco soviético caiu como cai a fruta apodrecida.
A experiência comunista foi uma tragédia para a humanidade. Foi um período negro de decadência espiritual, intelectual e genocídio. A liberdade é um bem insubstituível que move a criatividade e a capacidade de empreender do ser humano.